
Os pêlos do meu corpo estavam ouriçados, senti que algo muito grande estava para acontecer , em seguida notei os animas da região todos voando e correndo apressados para uma mesma direção, o corvo que estava sobre minhas patas também, estava tremendo apavorado por não conseguir acompanhar os seus outros companheiros animais. Percebi sua dor e o libertei, já que sabia que prendê-lo não iria me adiantar de nada.
-Vá embora, viva bem sua vida!
Rapidamente o indefeso animal, ganha os céus, porém fala comigo antes de partir.
-Mas o que pretende fazer? Lobo andarilho?
-Pretendo controlar a tempestade. Faz parte do meu treinamento.
-Não vou te parar, mas vou te deixar um aviso! Isso não é uma tempestade normal. É um dos seus que a está causando, mas é um lobo das trevas.
Tremi com as últimas palavras do corvo, meu corpo travou, e minha mente retornou para aquele dia em que fui derrotado por aquele, Lobo das trevas. Ele nem notou que eu existia, me eliminou como um lixo qualquer. Senti raiva, por um instante fechei meus olhos e quando os abri novamente , eu estava em um outro lugar, parecia um imensa savana, grande e verde. Porém não existia sol, apenas chuva o céu era cinzento. Não havia vida naquele lugar. Ouvi uma voz bem distante:
-Finalmente o covarde apareceu.
-Quem é você? Apareça! que lugar é esse?
Senti uma forte rajada de vento, olhei um relâmpago cortar o ar e em seguida meu corpo foi jogado contra o chão e notei uma criatura, semelhante a um lobo, porém era muito maior que um , com um olhar demoníaco, não era um lobisomem pois suas forma era mais de animal do que humanoíde, era a personificação da raiva, sentia sua respiração forte e quente no meu rosto, senti o rosnado e em seguida escutei a criatura falando diretamente com a minha mente.
-Ah, então "o mestre" desconhece o próprio "lar"? Este é o mundo de sua alma seu maldito, fraco desgraçado!
Percebi imediatamente que aquela besta diante dos meus olhos era ninguém menos que meu anima, Garou que residia em minha alma, em seguida ele continuava falando comigo.
-Por sua causa, o meu lar que era um mundo de grandes arranha-céus com a visão da brilhante lua, que representavam a firmeza de sua alma. Agora foram todos sendo desintegrados de forma que um imponente arranha-céu se tornou uma vila, e agora tornou-se uma savana nublada encoberta pelas nuvens de chuva!
-isso só mostra a verdadeira fraqueza de sua alma, seu tolo! Como você acha que me sinto preso num mundo, onde não existe mais decisões firmes, apenas dúvida e medo?
Olhei para a face da fera, e nada pude responder, sabia que tudo aquilo que ele estava me dizendo era verdade. Porém ele torna a falar:
-Discorde! Me desafie, prove o seu valor, como sempre fez! VocÊ sempre buscou o poder, e agora mais que nunca ainda o busca, pois perdeu tudo que PENSAVA ter!
-Caia, se machuque porém nunca desista de mostrar o seu valor!
Senti o peso daquelas palavras, percebi que o ser que sempre tentava impôr e dominar minha vontade, não sentia mais o mesmo desejo de antes, não valia a pena chutar um adversário caído.
-Eu...vou ficar forte! Vou acabar com todos os lobos das trevas e pra isso...
-Eu vou precisar de você e do seu poder!
A grande fera sentiu o efeito de minhas palavras, seus olhos dominados pelo ódio, agora haviam retornado a razão, então fui liberto e em seguida conversou comigo.
-No momento você precisa recuperar seu domínio sobre os elementos, sinto não poder lhe ajudar.
-Mas isso se deve a uma instabilidade na sua alma, seus poderes questionaram se você realmente era digno de portá-los...
-O conselho que vou lhe dar é o máximo que posso fazer: Domine a tempestade de qualquer jeito. Perca a sua dúvida sobre seus poderes.
-Somente quando isso acontecer, iremos juntos desvendar o seu chamado da natureza. Os dois serão um.
Senti uma imensa confiança do meu Anima, parecia diferente das outras vezes. Em seguida o vi desaparecer no meio do ar, senti o mundo girar e desmaiei, quando acordei estava de volta a Terra, porém meu corpo acabou me levando inconscientemente até o local da tempestade. A energia do vento os poderes supremos do raio, o rastro de destruição a força opressora do vento era inegável, estava cara a cara com meu objetivo.
-Escute tempestade, EU KENICHI GARUIZU! VOU TE DOMINAR!!
Avancei para dentro do turbilhão de ar, mesmo sentido o vento me empurrar para longe, continuei correndo com toda minah determinação. Eu quero superar meus próprios limites e isso vai me trazer a respostas que procuro!!
Enquanto isso:
O trio de Walkers BlackWing, estava dentro de um furgão se dirigindo até a tempestade.
-Cara que saco...Por que temos que ir de carro, se podemos voar? Seria bem mais rápido ver alguma formação no céu.
Perguntava um estressado Gannby que estava sentado na parte de trás do veículo, olhando uns computadores montados para rastrear formações de nuvens. Michele que estava olhando a janela ao lado do jovem gavião responde.
-Estamos integrados entre os humanos, justamente pela sua falta de conhecimento sobre o ar! Você não tem experiência em voar por ventos turbulentos como esse.
Bráz imediatamente interrompe o raciocínio da companheira de time:
-Se a missão não envolvesse os lobos das trevas estaríamos lhe treinando, mas não podemos arriscar um ataque surpresa. E não sabemos suas intenções ainda, então se alertassemos eles sobre nossa presença, eles poderiam sumir no ar.
Michele põe a cabeça para fora do carro e olha, vários carros outros furgões de meteorologistas e caçadores de tempestades os seguindo.
-Bráz, todos os carros estão na nossa cola, pode começar! eu assumo o volante daqui pra frente.
Os dois colegas de time trocam de lugar, rapidamente dois cristais flutuantes se materializam na frente da coruja.
-Opa, vai usar o chamado da natureza neles mestre?
Pergunta um incrédulo Gannby.
-Um walker verdadeiro tem que saber utilizar seu poder em toda sua extensão, apenas observe o que estou lhe dizendo!
Os cristais desaparecem e surgem na frente de todos os veículos que estavam atrás do carro do trio BlackWing.
-Stardust Mirage! (Miragem de pó de estrela)
Os cristais começavam a girar velozmente uma névoa brilhante cobriu os veículos, que estavam encostando, liberando espaço na pista e estacionando. Bráz imediatamente recolhe os cristais quando todos os carros encostam na pista.
-Dei a eles um sonho de estarem caçando um grande tempestade. Assim poderemos agir com mais liberdade, pena que eles não consigam sentir a energia malígna daquela tempestade.
Michele no volante sente um calafrio e fala:
-Tenho o pressentimento que isso vai ser muito perigoso.
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