quinta-feira, 21 de abril de 2011

A Calmaria antes da tempestade: Histórias de Andarilhos pt 1 O Macaco e A Coelha


2 DIAS PARA O INÍCIO DA MISSÃO, OS WALKERS, DECIDEM SAIR PARA ORGANIZAR SUAS PENDÊNCIAS.

Lá estava ele novamente andando livre pela cidade de Nova York; O que Max mais queria naquele momento era um típico e patriota cachorro quente americano, então andando pelos vastos arranha céus achou uma carrocinha e pediu um cachorro completo, no capricho. Andar pelas ruas nunca fora tão monótono para o jovem Macaco-Prego, tinha a imortalidade, dinheiro, poder mas não conseguia achar nada que o entretece tudo não passara de prazeres temporários, que o embebedavam com uma auto-satisfação e arrogância de ser superior, porém na noite anterior, a realidade bateu novamente na sua porta, na forma de um lobo faminto que lhe acordou e o fez notar que por mais que fugisse da sua missão de salvar a Terra, ele não poderia faze-lo. Se sentia aprisionado, especialmente porque libertara a carruagem da morte, recitando versos antigos no cemitério da cidade para invocar a criatura das trevas, tinha que parar aquela aberração com suas próprias mãos, e junto de seus novos companheiros.

"Companheiros? Soa, legal isso..."

Max desconhecia essa palavra antes de despertar para como walker, sempre fora um jovem que nasceu vivendo na margem da sociedade: negro, desprovido de beleza, perdeu os pais cedo, herdou a casa da família com a irmã, porém a irmã casara cedo com um homem de pose e ele desempregado perdera tudo e não tinha mais um parente para lhe dar a mão, sua irmã pouco ligava se ele vivia ou morria, não passava de um coitado que tinha ódio de tudo e de todos, passou a enxergar no dinheiro como a salvação de todos os problemas, e numa noite fria após chorar mágoas numa garrafa de bebida, roubada, e um cigarro de maconha, a experiência com as drogas o levou a uma viagem dentro de seu ser o fazendo despertar o seu avatar, logo sendo encontrado por um walker que o levou e o treinou nos caminhos do andarilho do vento. Corrompido pelo poder que conquistara decidiu fugir do mundo reverso, não se sentia grato em salvar pessoas que sempre lhe desprezaram, pelo contrário queria que todos morressem, então pensou em aproveitar os poderes que tinha e fazer fortuna na Terra. Atualmente se via sentando em meio a uma praça, debaixo de chuva enquanto via as pessoas na cidade vivendo suas vidas.

"É por eles que eu vou apostar a minha vida?"

Max lembrou do seu passado e teve raiva em ter que lutar pelos humanos, mas rapidamente veio em sua lembrança a luta contra Garou com a carruagem da morte e quando foi salvo pelo mesmo durante a luta contra o gavião walker, em seguida uma imagem de todos os walkers que estavam com ele agora a pouco veio em sua mente.

"Errado, não é pelos humanos que vou lutar. É por esses putos, que são como eu: uns coitados hihihi!"

Enquanto isso em um shopping center da cidade uma pequena jovem loira, Paulinha a coelha passeava ao lado de Lucca.

A jovem coelha, andava pelas vitrines admirada com as novas roupas que estavam à venda, esquecera como era divertido, a rotina consumista de sair ver as coisas e comprar, olhava as pessoas passeando felizes e sorridentes e começou a recordar do passado antes do seu despertar. Era um jovem dona de casa, cansada da vida com o marido seus enteados e seu pequeno filhinho, moravam numa casa em cima de onde sua sogra, uma megera que se mete na vida do seu companheiro, sempre brigavam constantemente, mas sempre tinha em seu pequeno filho o conforto e a segurança de sua vida mas, o destino o tomou de seus braços bem cedo; Vivia bem , apesar de tudo em casa num clima de guerra com os dois enteados e a sogra, e sempre que podia gostava de sair com as amigas para beber, e se divertir na rua, mas o marido ciumento nunca a deixara então passou a ir sempre que ele dava as escapulidas com os amigos e amigas dele, tinha suspeitas quanto a fidelidade de seu parceiro, mas nunca fez nada que manchasse sua imagem de boa mãe, para ela seu filho era tudo e sempre quis dar seu melhor por aquela criança.

Fazia alguns meses que concluiu sua faculdade de enfermagem e estava sendo atormentada por sonhos em que era um coelho, ou que um imenso coelho a levava para passear em um mundo diferente de tudo que vira; Comentava isso com o marido que apenas debochava e dizia que ela tinha uma imaginação fértil. Porém, seus sonhos eram mais e mais constantes, chegando no ponto dela começar a se enxergar no espelho de casa com uma imensa cabeça de coelho, gritava apavorada todos achavam que era louca, pensavam todos que era o stress do trabalho, e decidiram viajar para um lugar mais próximo da natureza, no trajeto o carro capotou e caiu no meio da mata, e levou todos para o além mais cedo, exceto a jovem Paulinha, que se via acordada cercada de cadáveres, banhada de sangue e nas suas mãos seu jovem filhinho de 2 anos, inerte de olhos abertos a olhando como se implorasse para ser salvo, mas nada podia fazer, gritou desesperada, mas não sentia suas pernas nem seus braços, ficou lá no meio do mato gritando sabe-se lá quantas horas, mas gritava até suas forças esgotarem e ter desmaiado, quando acordou estava dentro da casa do vento, com um jovem que aproxima ter uns 20 e poucos quase 30 anos, fora de forma, usava óculo e tinha um ar de intelectual, lhe estendendo um copo de café.

Sua vida mudara radicalmente, e jurou salvar todas as pessoas que pudesse com seus poderes de cura, que foram criados, segundo braz, devido ao trauma dela não ter salvado sua família. Agora jovem e sozinha, via nos outros walker a família que perdera. Começou a ver o fantasma de seu pequeno filho João, na vitrine da loja, a criança sorria e acenava para a mãezinha que sorria de volta enquanto pensava.

"Meu filho amado, mesmo não podendo morrer agora, eu te sinto do meu lado sempre. Vou proteger todos e ninguém mais vai perder um ente querido!"

Já Lucca que estava de costas para a amiga coelha, estava olhando um chafariz dentro do shopping e pensando em tudo que lhe acontecera até aquele dia. Desde o dia que conheceu Minako e seu irmão Regulus.

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